Carcinoma de células escamosas com acometimento extraoral e influência da covid 19 no diagnóstico
Natasha Ludovina Candido JUDICA, Maria Eduarda Camilo TAVARES, Fabio Augusto ITO, Ademar TAKAHAMA JUNIOR, Jefferson Luis Oshiro TANAKA, Evelise ONO, Willian Ricardo PIRES
Resumo
Introdução: O carcinoma de células escamosas (CCE) é definido como uma neoplasia maligna, de etiologia do epitélio de revestimento da cavidade bucal e é considerado um dos tipos de câncer mais frequentes no Brasil, responsável por cerca de 95% das lesões malignas nesta região e ocorre, predominantemente, em homens, brancos, de 50 a 60 anos. Objetivo: O objetivo desse estudo é relatar o caso clínico de uma lesão ulcerada em região de corpo mandibular bilateralmente, rebordo alveolar e pele, diagnosticada como Carcinoma de Células Escamosas Moderadamente diferenciado. Conduta clinica: Paciente J.F.L., do sexo masculino, melanoderma, 58 anos de idade, sem histórico de doenças sistêmicas e uso crônico de medicamentos, tabagista, compareceu à clínica odontológica de estomatologia da Universidade Estadual de Londrina, queixando-se de uma “Lesão em boca e queixo”, com surgimento há cerca de 2 meses. Clinicamente, notou-se a presença de uma lesão ulcerada extensa com grande destruição óssea mandibular, foi realizado biópsia incisional e uma análise histopatológica, e o diagnóstico final foi de Carcinoma de Células Escamosas. Resultado: O paciente foi encaminhado para o médico cirurgião de cabeça e pescoço para início do tratamento do carcinoma. Conclusão: Diante do presente caso clinico apresentado, é importante ressaltar que o diagnóstico precoce pode salvar a vida do paciente, além de proporcionar um tratamento mais conservador e com um melhor prognóstico, no entanto, com a chegada do COVID-19 e com o quadro crítico em que o mundo e principalmente o Brasil encontrava-se, o adiamento ou cancelamento das consultas médicas, tornaram-se rotineiras o que gerou uma queda na procura por atendimento, e que consequentemente afetou o diagnóstico e tratamento precoce, impactando negativamente as taxa de sobrevida favoráveis para o paciente.