A ativação ultrassônica do cimento obturador aumenta a resistência de união à dentina intrarradicular irradiada?
Luiz Fernando Monteiro CZORNOBAY, Luana Duart JORDANI, Amanda Freitas da ROSA, Mariana Comparotto MINAMISAKO, Luciano Roberto da SILVA, Luiz Carlos DIAS JUNIOR, Cleonice da Silveira TEIXEIRA, Lucas da Fonseca Roberti GARCIA
Resumo
Introdução: embora a ativação ultrassônica promova maior penetração intratubular e maior resistência de união do cimento obturador à dentina intrarradicular, essa relação não está bem estabelecida na literatura quando se trata de dentina irradiada. Objetivo: avaliar in vitro o efeito da ativação ultrassônica do cimento obturador na resistência de união à dentina intrarradicular irradiada. Método: quarenta dentes humanos unirradiculares foram submetidos ao preparo químico-mecânico, e em seguida, distribuídos em 4 grupos experimentais, de acordo com a exposição à radiação ionizante (dose total 70 Gy) e a ativação ultrassônica do cimento obturador (n=10): G1 - dentes irradiados/ativação ultrassônica; G2 - dentes irradiados/sem ativação ultrassônica; G3 - dentes não irradiados/ativação ultrassônica e G4 - dentes não irradiados/sem ativação ultrassônica. As raízes foram seccionadas em discos de 1,0 mm de espessura e submetidas ao teste de resistência de união pushout em máquina universal de ensaios (0,5 mm/min). O padrão de falha foi avaliado em estereomicroscópio. Os dados foram analisados estatisticamente (two-way ANOVA e Games-Howell - α=0,05). Resultados: G1 e G3 apresentaram valores de resistência de união significativamente maiores que G2 e G4 em todos os terços radiculares (p<0.05). A maioria das amostras, independente das variáveis avaliadas, apresentaram falha do tipo coesiva do material obturador. Conclusão: a ativação ultrassônica aumentou a resistência de união do cimento obturador à dentina intrarradicular irradiada.