Introdução: De acordo com a Organização Mundial de Saúde as maloclusões são consideradas o terceiro maior problema odontológico, dentre elas, destaca-se a mordida cruzada posterior com prevalência de 11,11%. Essa alteração patológica pode comprometer a mastigação fisiológica e o crescimento craniofacial, quando não diagnosticado precocemente. Uma das técnicas mais utilizadas nesses casos são as Pista Diretas Planas, que consistem na aplicação de resinas compostas diretamente nos dentes, gerando mudança de postura e remodelação ósseo através de estímulos neuromusculares. Objetivos: Descrever um caso clínico de correção de mordida cruzada posterior com a técnica de Pistas Diretas Planas. Material e método ou Conduta Clínica: Paciente do sexo feminino, 4 anos e 5 meses de idade, compareceu ao Programa de prevenção da Clínica de Especialidades Infantis da Universidade Estadual de Londrina. No exame extrabucal, observou-se a presença de assimetria facial, e no intrabucal, a mordida cruzada unilateral direita dos dentes 52 ao 55, sendo assim, foi iniciado o tratamento ortopédico funcional dos maxilares. Inicialmente confeccionou-se as pistas nos dentes 52,53,54 e em seguida os ajustes foram realizados semanalmente no período de 3 meses até o descruzamento completo. Resultados: O resultado final foi satisfatório e mostrou vantagens tanto para o profissional quanto para o paciente, dentre elas, o tempo do tratamento, colaboração e boa aceitação do paciente e o baixo custo. A reabilitação neuro-oclusal nessa idade traz também alguns benefícios futuros como, o crescimento fisiológico craniofacial graças a reabilitação do aparelho mastigatório e o baixo risco de recidiva. Conclusão: Baseado nisso, conclui-se que a correção precoce da mordida cruzada posterior, utilizando a técnica de pistas diretas planas é uma alternativa interessante, visto que na literatura são escassos os casos que utilizam esse método e além da efetividade permite a correção precoce ainda na primeira infância.