Manejo cirúrgico das fraturas de seio frontal tipo IV e nasoórbito-etmoidal tipo I: relato de caso
Estéfany Lopes Lemes DO PRADO, Sara Alves BERTON, Lara Cristina Cunha CERVANTES, Caroline Liberato MARCHIOLLI, Natalia dos Santos SANCHES, Maria Cristina Ruiz Voms STEIN, Francisley Ávila DE SOUZA, Idelmo Rangel GARCIA JÚNIOR
Resumo
Introdução: Fraturas do complexo naso-órbito-etmoidal (NOE) associadas às fraturas do seio frontal são lesões desafiadoras em decorrência da complexidade de seu manejo. Tratam-se de emergência de grande porte, com quadro clínico potencialmente grave e proximidade de risco com estruturas neurológicas. Objetivo: O objetivo deste presente trabalho é abordar o manejo cirúrgico da fratura de seio frontal tipo IV associada à fratura NOE do tipo I. Conduta clínica: Paciente do gênero masculino, 25 anos, após acidente desportivo foi encaminhadoà Santa Casa de Araçatuba apresentando edema perinasal com rinoescoliose a esquerda, mobilidade e crepitação à palpação em região nasal e edema em região frontal com degrau ósseo. Por meio de Tomografia Computadorizada, constatouse traços hipodensos sugestivos de fraturas dos ossos nasal, etmoide, parede anterior do seio frontal bilateral e parede medial da orbita esquerda. Para acesso às estruturas, rebateu-se um retalho coronal. Resultados: A fratura de seio frontal foi reduzida e fixada com duas placas do sistema 1.5 e 4 parafusos. Em seguida, reduziu-se a fratura nasal com fórceps de Walsham e feito um tampão nasal anterior. Foi colocado o dreno de portovac em região coronal e as sínteses em planos com vicryl 3.0. O tampão nasal foi removido, juntamente com o dreno, 24 horas após o procedimento. Conclusão: O paciente evoluiu sem complicações. Apesar da complexidade do manejo de fraturas de seio frontal associadas a fraturas NOE, a adequada avaliação possibilita planejamento e procedimento cirúrgico satisfatórios e o retorno adequado à função e estética facial.