Revista de Odontologia da UNESP
https://revodontolunesp.com.br/article/6449837aa953956d10737c45
Revista de Odontologia da UNESP
Congress Abstract

Desequílibrio no estado redox e redução da amilase na saliva de ratos após tratamento crônico com anticonvulsivante levetiracetam

Douglas Sadrac de Biagi FERREIRA, Gabriela Alice FIAIS, Rayara Nogueira de FREITAS, Lucas Guilherme Leite da SILVA, Marcelo KAWAGUCHI, Ana Claudia de Melo Stevanato NAKAMUNE, Antonio Hernandes CHAVES-NETO

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Resumo

Introdução: A literatura demonstra evidências da associação da epilepsia e uso de anticonvulsivantes com o aumento da prevalência em problemas de saúde bucal. Objetivos: Essa pesquisa analisou os efeitos do uso crônico do anticonvulsivante levetiracetam (LEV) no fluxo, composição bioquímica e estado redox salivar. Materiaia e métodos: Ratos Wistar machos foram divididos aleatoriamente em 3 grupos (n=8/grupo): Controle (C), LEV100 (100 mg/kg) e LEV300 (300 mg/kg). O tratamento ocorreu por 21 dias consecutivos e o anticonvulsivante na forma de xarope (Keppra®, UCB Biopharma Ltda, Limay, França) foi administrado via gavagem intragástrica. No grupo C foi administrado NaCl 0,9%. Após o período experimental procedeu-se a coleta da saliva induzida por pilocarpina e na sequência eutanasiados por exsanguinação para obtenção do plasma. Foi analisado na saliva o pH, capacidade tampão salivar (CTS), níveis de proteína total (PT), atividade da amilase salivar (AMI), dano oxidativo lipídico (TBARS), dano oxidativo a proteínas por carbonilação (PC), capacidade antioxidante total não-enzimática (CAT) e as concentrações de eletrólitos (cálcio, fosfato, cloreto, sódio e potássio) e no plasma foram analisadas a atividade das enzimas hepáticas aspartato aminotransferase (AST) e alanina aminotransferase (ALT) utilizando métodos espectrofotométricos. Resultados: . As atividades da ALT e AST foram maiores no grupo LEV300 indicando seu efeito hepatotóxico. O uso crônico de LEV não afetou o fluxo, pH, CTS e a PT salivar, por outro lado, o grupo LEV300 reduziu a secreção da AMI em relação aos grupos C e LEV100. A CAT foi inferior nos grupos LEV100 e LEV300, o que pode estar relacionado ao aumento de TBARs em ambos grupos tratados em comparação ao C. As diferenças nas concentrações de PC e eletrólitos entre os grupos não foram relevantes. Conclusão: Conclui-se que o uso crônico de LEV causa distúrbios na composição e estado redox salivar.

Palavras-chave

Anticonvulsivante; saliva; estresse oxidativo.
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