Revista de Odontologia da UNESP
https://revodontolunesp.com.br/article/6449820da953956cb46ce235
Revista de Odontologia da UNESP
Congress Abstract

Influência do polimento da prótese ocular na microbiota da cavidade anoftálmica

Samyra Yukiko Tazaki DOTE, Ágda Dantas BRUN, Paulo Augusto PENITENTE, Daniela Micheline dos SANTOS, Marcelo Coelho GOIATO

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Resumo

Introdução: A reabilitação protética ocular possui importante papel na recuperação psicossocial e fisiológica de pacientes anoftálmicos. Porém, porosidades e microfissuras surgem na sua superfície com o uso e também pela deficiência durante o acabamento e polimentos dessas próteses, facilitando a retenção de biofilme microbiano. Objetivos: Avaliar a efetividade do repolimento de próteses oculares em uso sobre aspectos microbiológicos e inflamatórios presentes na cavidade anoftálmica e na superfície destas próteses. Material e métodos: Dezesseis indivíduos usuários da mesma prótese ocular por pelo menos 2 anos foram divididos em 2 grupos: intervenção (IN) (n = 10) e sem intervenção (SIN) (n = 6). Um terceiro grupo com voluntários sem deficiências oculares foi o controle positivo (CP) (n = 5). Foram avaliados cavidade anoftálmica, olho contralateral e superfície das próteses oculares dos voluntários anoftálmicos e o olho direito do grupo CP em 3 períodos (inicial, 15 e 30 dias após o repolimento). Foram avaliadas as unidades formadoras de colônias (UFC) de fungos Candida albicans, de bactérias totais e Staphylococcus (Staphylococcus epidermidis e S. aureus). Para a comparação entre grupos no período inicial, foi utilizado o teste de Kruskal Wallis. Para a análise entre períodos no grupo IN, foi realizado o teste de Friedman. Os dados qualitativos foram submetidos à estatística descritiva, sendo aplicado o teste Q de Cochran, quando necessário. Todas as análises foram realizadas com significância de 5%. Resultados: Houve maior formação de microrganismos na cavidade anoftálmica e prótese que no olho contralateral no período inicial. Na cavidade anoftálmica do grupo IN, a quantidade de todos os microrganismos avaliados foi estatisticamente maior no período inicial que em 15 e 30 dias após o repolimento. Na prótese ocular, houve maior acúmulo de bactérias totais e Candida albicans no período inicial que em 15 e 30 dias após o repolimento. Conclusão: O repolimento foi benéfico na redução de microrganismos ao longo do tempo.

Palavras-chave

Olho artificial; biofilmes; inflamação.
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