Introdução: A cavidade bucal do ser humano é composta por uma variedade de microrganismos, sendo alguns responsáveis por causar doenças, como a cárie e a doença periodontal. A escovação dental com dentifrício é uma das práticas de higiene bucal mais utilizadas no mundo e, através dela, é possível remover o biofilme mecanicamente e controlar a quantidade de microrganismos, reduzindo as chances de infecções. Objetivos: O objetivo desta revisão sistemática foi verificar se a presença de diferentes agentes antimicrobianos em dentifrícios é realmente eficaz na redução da quantidade de microrganismos. Material e método: Esta revisão foi estruturada de acordo com as diretrizes do PRISMA e registrada no Open Science Framework (OSF). A pergunta foi formulada com base no PICOS: “A presença de agentes antimicrobianos nos dentifrícios é eficaz na redução da quantidade de microrganismos?”. Uma pesquisa foi realizada nas bases de dados PubMed, Embase, Scopus e Web of Science e incluiu artigos até novembro de 2021. Dois autores revisaram os títulos e resumos de acordo com os critérios de inclusão, que compreenderam estudos in vitro em inglês que avaliaram a eficácia de agentes antimicrobianos em dentifrícios e sua atividade antimicrobiana. Resultados: Foram encontrados 527 artigos. Destes, 334 foram incluídos para leitura do título e resumo e 69 foram selecionados para leitura na íntegra. Ao final, 39 artigos permaneceram nesta revisão. Os principais agentes antimicrobianos químicos utilizados foram o triclosan, o fluoreto de sódio e o monofluorfosfato de sódio. Dentre os agentes fitoterápicos, o extrato de Miswak e o extrato de Neem foram os mais utilizados. Os microrganismos mais investigados foram Streptococcus mutans, Candida albicans e Staphylococcus aureus, respectivamente. Conclusão: A presença de agentes antimicrobianos nas formulações de dentifrícios é capaz de promover a redução da quantidade de microrganismos, porém com variações em sua eficácia, a depender do agente utilizado e do microrganismo avaliado.