Introdução: A alta demanda e exigência de materiais restauradores cerâmicos que apresentassem excelentes propriedades estéticas permitiu o desenvolvimento de uma nova categoria, conhecida como cerâmica híbrida. Estas, tem o objetivo de combinar as propriedades vantajosas das cerâmicas e dos polímeros. No entanto, esses novos materiais podem apresentar limitações em outros aspectos. Objetivos: Este trabalho avaliou a resistência ao desgaste de dois materiais cerâmicos híbridos, VITA Enamic (VE) e Ambarino High Class (AH), para restaurações pela técnica CAD-CAM, utilizando o esmalte dental como antagonista. Material e método: Foram utilizadas amostras em formato cônico com extremidade hemisférica (n=10) obtidas por CAD-CAM e terceiros molares (CAAE: 21710619.9.0000.5419) seccionados no eixo mésio-distal em cortadeira de precisão. As amostras foram submetidas ao ensaio de abrasão em equipamento que simula o ciclo mastigatório, reproduzindo oclusão, lateralidade e desoclusão: 300.000 ciclos, sob frequência de 1 Hz e carga de 20N para representar 1 ano de função mastigatória. A perda de altura, em perfilômetro, e a perda de massa, em balança de precisão, foram avaliadas antes e após o ensaio. Resultados: Os resultados foram comparados pelo Teste T de amostras independentes. Não houve diferenças significativas para a perda de altura (p=0,671) e para a perda de massa (p=0,241) entre os materiais testados. Conclusão: As cerâmicas híbridas VITA Enamic (VE) e Ambarino High Class (AH) possuem desempenho parecido quando submetidas ao ensaio de resistência ao desgaste contra o esmalte dental humano.