Introdução: O aumento da procura por restaurações diretas em resina composta que reproduzam a integridade estrutural e estética dos dentes anteriores faz com que seja imprescindível para o cirurgião-dentista conhecer os conceitos de biomimética dentária. Dentre os desafios para simular as estruturas dentais está a dificuldade de conseguir coincidência de cores entre dentes e materiais restauradores, influenciando no grau de satisfação do paciente ao final do tratamento. Nesse sentido, surgiram a resinas monocromáticas, também chamadas compósitos camaleônicos. Isso se refere à capacidade que elas têm de “adquirir” a cor dos elementos que estão localizados ao seu redor, dispensando a etapa de seleção de cor. Objetivo: O objetivo deste trabalho é identificar as vantagens e desvantagens dos métodos para seleção de cor, bem como avaliar a aplicabilidade das resinas monocromáticas como alternativa desta etapa. Método: Para tanto, foram realizadas buscas nas bases de dados PubMed, CAPES e Google Acadêmico, onde foram selecionados artigos relevantes publicados entre 2017 e 2022. Resultados: Tradicionalmente, a seleção de cor em Odontologia é realizada através de métodos visuais, instrumentais ou por combinação destes. Porém, as variáveis que interferem no momento da mensuração da cor, como iluminação, subjetividade do observador e condição do objeto tornam esta etapa do planejamento desafiadora. As resinas monocromáticas foram desenvolvidas a fim de simplificar a etapa de seleção de cor, visto que englobam toda a gama de cores das guias convencionais em uma só tonalidade. Conclusão: Baseado nos estudos, conclui-se que, além de diminuir o tempo clínico e o arsenal de resinas compostas do cirurgião-dentista, as resinas monocromáticas apresentam satisfatório resultado estético, sendo uma promissora tecnologia para as próximas gerações. Porém, as restaurações diretas policromáticas, baseadas na seleção de cor visual ou instrumental, ainda são a melhores e mais utilizadas na Odontologia Restauradora.