Correção de sobremordida utilizando a técnica do dispositivo JIG de Sakuma: relato de caso clínico
Ana Flávia Zolli dos SANTOS, Bárbara Maria Morais da MOTA, Beatriz Cruz LOPES, Camila Roberta Garrefa DAGOSTINI, Fabio Anevan Ubiski FAGUNDES, Luciana Tiemi INAGAKI, Cassia Cilene DEZAN-GARBELINI, Rodrigo Hayashi SAKUMA
Resumo
Introdução: As más oclusões são disfunções orofaciais de origem multifatorial, genéticos e/ou ambientais. Além do comprometimento estético a sua permanência pode influenciar também na deglutição e a fonética do paciente. Esta disfunção é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) o terceiro maior problema em saúde bucal, sendo a sobremordida a maior porcentagem de incidência com 69,5% na primeira infância. Objetivo: relatar um caso clínico de correção de sobremordida utilizando a técnica inovadora JIG de Sakuma. Conduta clínica: Paciente do sexo masculino, 6 anos de idade, compareceu ao Programa de prevenção da Clínica de Especialidades Infantis da Universidade Estadual de Londrina e durante o exame físico foi diagnosticado com sobremordida severa. Para o tratamento foi planejado a aplicação da técnica de JIG de Sakuma. Inicialmente foram realizados fotografias e registro de mordida do paciente juntamente com moldagem e registro de mordida em cera. Posteriormente o dispositivo foi confeccionado com resina acrílica e cimentado nos incisivos superiores do paciente. As manutenções da oclusão e do acrílico foram realizadas periodicamente no período de 7 semanas. Resultados: Após a remoção do dispositivo, foi observado a correção total do trespasse vertical. O tratamento mostrou vantagens como rápida correção, fácil aplicação, ausência de desconforto e resultados significativos para o aparelho mastigatório. A correção do overbite apresentou também o restabelecimento dos movimentos latero protrusivos que não havia antes. Conclusão: O dispositivo JIG de Sakuma se mostrou efetivo para a correção de mordida profunda. Sua aplicação é de fácil reprodutibilidade permitindo que profissionais de qualquer área odontológica possam utilizar em seus pacientes pediátricos. Além disso, a manutenção do aparelho mastigatório, ainda na primeira infância, é imprescindível para o crescimento estomatognático fisiológico e mais harmônico.