Introdução e objetivo: O objetivo deste estudo é investigar o conhecimento e crenças sobre saúde bucal entre mães de crianças e adolescentes. Método: Trata-se de um estudo observacional, do tipo transversal, a partir da aplicação de um questionário semiestruturado, autoaplicável, às mães de crianças e adolescentes (n=68) que frequentam as clínicas de uma faculdade de odontologia de uma universidade pública. As variáveis estudadas são socioeconômicas, conhecimento e crenças sobre saúde bucal. A coleta de dados é realizada pela aplicação do questionário às mães nas salas de espera das clínicas da faculdade. Os dados foram analisados de forma descritiva, com frequências absoluta e relativa. Resultados: Os resultados parciais obtidos mostraram que 38,2% das mães eram brancas e 35,3% pardas. A maioria era casada (54,7%), possuía grau de escolaridade até o ensino médio (51,5%), não exercia trabalho remunerado (60,3%) e com uma renda mensal de até 2500 reais (75,4%). A maioria das mães sabia o que é placa bacteriana (62,9%), o que é a doença cárie (89,2%), qual a função do fio dental (90,9%) e o que deve ser realizado para se ter uma boca saudável (86,2%). Contudo, apenas uma pequena porcentagem das participantes (10,6%) conhecia as características de uma escova de dentes ideal. Em relação às crenças, a maioria acredita que a dor é o principal indicador de que algo não está bem na boca (71,4%), que há pessoas com dentes fortes ou fracos (69,4%) e que na gestação os dentes ficam mais fracos (58,7%). Boa parte delas acredita que saúde geral não está relacionada à saúde bucal (38,7%), 33,3% não acham muito importante cuidar dos dentes de leite de seus filhos e 42,6% acreditam que antibiótico causa cárie. Conclusão: Embora as mães tenham demonstrado conhecimento satisfatório sobre saúde bucal, a maioria sustenta algumas crenças que podem dificultar a aquisição e manutenção de uma boa saúde bucal, inclusive dos filhos. É notória a necessidade de ações de educação em saúde bucal para esse grupo populacional.