Introdução e Objetivo: O objetivo deste estudo é investigar a importância da saúde bucal e uso de serviços entre mães de crianças e adolescentes que frequentam a Faculdade de Odontologia de Araraquara, FOAr/UNESP. Método: Trata-se de um estudo observacional, do tipo transversal, a partir da aplicação de um questionário semiestruturado, autoaplicável, às mães (n= 68) de crianças e adolescentes atendidos nas clínicas de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva III na FOAr. As variáveis estudadas incluem socioeconômicas, morbidade bucal referida, uso de serviços, autopercepção da saúde bucal e valores pessoais. Os dados foram analisados de forma descritiva, com frequência absoluta e relativa. Resultados: Os resultados parciais indicaram que 38,2% eram brancas e 35,3% pardas. A maioria era casada (57,7%), com uma renda mensal de até 2500 reais (75,4%), não exercia trabalho remunerado (60,3%), possuía grau de escolaridade até o ensino médio (51,5%), relatou necessitar de tratamento dentário (83,3%) e afirmou ter tido dor de dentes nos últimos 6 meses (51,5%). Com relação ao uso de serviços odontológicos, 55,4% usufruem do serviço público, sendo 30,3% para tratamento e 43,7% demonstraram estar insatisfeitas com sua saúde bucal. Responsabilidade e mundo em paz foram classificados como os valores mais importantes, com uma média de 5,7 de uma máxima de 6. Saúde bucal apresentou média de 5,55. Em relação à importância de alguns fatores, ter dentes brancos, alinhados, não ter mau hálito, estar livre de cáries, não ter dor, ter muitos dentes, conseguir se comunicar bem, conseguir comer foram considerados muito importantes para a maioria das mães. Conclusão: Apesar de considerarem a boa saúde bucal um valor muito importante, a maioria das mães relatou necessitar de tratamento odontológico e ter tido dor recentemente. Estratégias de promoção e prevenção em saúde bucal e para facilitar o acesso aos serviços são necessárias para esse grupo populacional.