Introdução: O tumor odontogênico epitelial calcificante (TOEC), também conhecido como tumor de Pindborg, é um tumor de origem neoplásica, benigno, de caráter invasivo que acomete, mais frequentemente, a região mandibular e com predisposição a recidiva. Representa 1,8% dos tumores odontogênicos, sendo classificado como uma neoplasia rara. Objetivo: O objetivo deste trabalho é expor um caso de TOEC ao longo de 15 anos de acompanhamento. Conduta clínica: Paciente do gênero feminino, de 52 anos de idade, foi encaminhada à Santa Casa de Araçatuba com o diagnóstico de TOEC há 15 anos. A mesma foi atendida pela equipe de CTBMF – FOA UNESP com suspeita de recidiva na região mandibular. No exame físico extraoral apresentava queixa álgica em região mandibular a apalpação e trismo. No exame intraoral notou-se uma discreta tumefação na região de fórnix anterior mandibular esquerdo. Nos exames de tomografia computadorizada sugeriam a presença de uma lesão expansiva, de caráter insuflativo, localizada na região mentoniana, bilateralmente. A lesão apresentava loculações, matriz sólidas hipodensas com focos calcificados. O procedimento cirúrgico de enucleação do tumor odontogênico foi realizado, sendo a amostra enviada para biópsia. Resultados: No pós-operatório a paciente relatou dores álgicas intensas e edema submentual. No 6º dia do pós-operatório a paciente foi submetida a um novo procedimento cirúrgico para drenagem em região mandibular seguida da instalação de um dreno pen rouse. A evolução foi positiva, com melhoras na sensação dolorosa e no estado geral. Conclusão: Dessa forma, conclui-se que o tumor de Pindborg é uma lesão benigna que, apesar de sua baixa frequência, requer estudos prospectivos referentes à sua anatomopatologia, manejo clínico e cirúrgico seguido de acompanhamento de, no mínimo, 5 anos devido ao seu comportamento agressivo, afim de minimizar o risco de recidiva e proporcionar qualidade de vida ao paciente.