A terapia fotodinâmica antimicrobiana e fotobiomodulação na otimização dos tecidos em fraturas infectadas – relato de caso
Maria Cristina Ruiz Voms STEIN, Natália dos Santos SANCHES, Caroline Liberato MARCHIOLLI, Lara Cristina Cunha CERVANTES, Leonardo Ala DELANORA, Leonardo Perez FAVERANI, Idelmo Rangel GARCIA JÚNIOR
Resumo
Introdução: A inserção das terapias fotônicas na Odontologia tem contribuído no tratamento clínico-cirúrgico, permitindo analisar sua ação antimicrobiana e reparadora de forma rápida e efetiva, indicando ser vantajoso no manejo de pacientes com necessidades especiais. Objetivo: O presente trabalho aborda o manejo cirúrgico de uma fratura de sínfise infectada, com auxílio de laserterapia em paciente com necessidades especiais. Conduta clínica: Paciente do gênero feminino, de 54 anos, foi encaminhado à Santa Casa de Araçatuba, vítima de queda de própria altura. Portadora de distúrbio neurológico e Parkinson, a paciente faz uso de Clonazepam, Mantidam, Parkidopa e Dicloridrato de Pramipexol. Ao exame físico extraoral notou-se edema, hiperemia e fístula em região mentual, com presença de mobilidade e crepitação em região sinfisária, sem limitação de abertura bucal. Ao exame físico intraoral observou-se equimose em região de sínfise com deslocamento do processo alveolar dos dentes anteriores e distopia oclusal. A tomografia computadorizada (TC) revelou traços sugestivos de fratura baixa de côndilo esquerdo em posição, de sínfise com deslocamento e do processo alveolar. A fratura sinfisária seguiu-se com o procedimento cirúrgico, enquanto a conduta da fratura condilar foi não cirúrgica. Resultados: Sendo assim, a paciente foi submetida ao procedimento cirúrgico, sob anestesia geral, para realização do desbridamento, exodontia, redução e fixação da fratura de sínfise, na qual utilizouse placas e parafusos dos sistemas 2.0 e, posteriormente, foi realizada a aplicação de terapia fotodinâmica antimicrobiana (aPDT). A paciente seguiu em acompanhamento pela equipe CTBMF à nível ambulatorial por 3 meses. Com isso, tem-se que este caso reafirma a literatura, a qual considera a aPDT como um fator coadjuvante na erradicação de processos infecciosos e reparo de tecido mole e ósseo. Conclusão: Dessa forma, conclui-se que o aprofundamento científico é essencial na elaboração de protocolos de manejo clínico-cirúrgicos.