Avaliação da precisão de três localizadores foraminais preservando o coto periodontal em dentes vitais
Lara Teschi BRAVO, Marina Tolomei Sandoval CURY, Carlos Roberto Emerenciano BUENO, Ana Maria Veiga VASQUES, Thiago MACHADO, Ana Claudia Rodrigues da SILVA, Vitória Zinza CUSTÓDIO, Eloi DEZAN-JUNIOR
Abstract
Introdução: A determinação do comprimento de trabalho restringe a instrumentação biomecânica ao canal radicular, sem danos periapicais, levando à menor reação inflamatória e menor desconforto pós-operatório quando comparada à instrumentação além do forame. Na biopulpectomia, a preservação da vitalidade do coto periodontal visa o processo de reparo periapical. Objetivo: Avaliar in vivo a precisão de três localizadores foraminais na detecção do limite da constrição apical, atingindo ou não o forame em biopulpectomia. Material e Método: Foram utilizados os localizadores Root ZX II, E-PEX e FIND. Noventa dentes unirradiculados com indicação de exodontia foram incluídos no estudo. Após teste de sensibilidade pulpar positivo, foi realizada anestesia, acesso à câmara pulpar e exploração com lima manual K#15, sob isolamento absoluto. Após instrumentação cervical e média com Reciproc R25, uma lima #15 foi utilizada como instrumento padrão para a odontometria, introduzida no canal, formando 2 grupos: grupo Constrição Apical (introduzido até marca 0.5) e grupo Forame (introduzido até marca 0.0 e recuo até marca 0.5), sem remover a lima do canal. A lima foi estabilizada com resina flow e teve sua haste metálica cortada. Após exodontia, os dentes foram imersos em hipoclorito de sódio 5,25% por 10 minutos para remoção de tecidos orgânicos remanescentes e armazenados em soro fisiológico. Após microtomografia (SkyScan 1272), o software CTAN foi utilizado para reconstrução e medição da ponta do instrumento até centro da constrição e do forame apical, fornecendo dados para análise comparativa. Resultado: Houve diferença estatística em detectar a constrição, após alcançar o forame, onde Root ZX II mostrou maior precisão (P0.05) na precisão dos três localizadores foraminais em detectar a constrição apical sem alcançar o forame. Conclusão: Com base nos resultados, conclui-se que não há necessidade de lesar o coto periodontal ao realizar odontometria em dentes vitais.