Introdução: o uso de chupeta é desaconselhado pela Organização Mundial da Saúde e Ministério da Saúde, já que pode provocar desmame precoce e alterações oclusais. São escassos na literatura estudos que investiguem fatores pré-natais que levem ao uso desse dispositivo. Objetivos: analisar a prevalência e os fatores pré e pós-natais associados ao uso de chupeta por lactentes até 6 meses de vida. Método: os dados do baseline foram coletados em gestantes no 3o trimestre de gestação (n=653), e incluíram informações sobre: intenção de ofertar chupeta, características sociodemográficas, da gestação e sobre o aleitamento materno (intenção materna de amamentar, experiência prévia, recebeu orientação sobre o aleitamento materno durante a gestação). Após o parto, mães e bebês foram acompanhados por ligações telefônicas no 1o, 3o e 6o mês de vida do bebê (n=467), onde foram coletadas informações sobre: o parto, sexo do bebê, aleitamento materno na 1a hora de vida do recém-nascido, peso do bebê ao nascer, retorno ao trabalho e uso de chupeta. Análises de associação foram realizadas por meio de modelos de regressão logística com nível de significância de 5%, tendo como desfecho o uso de chupeta. Resultados: a chupeta foi ofertada à 48,2% dos bebês acompanhados, 45,0% das mães reportaram, durante a gestação, a intenção de oferecer esse dispositivo. Seu uso esteve associado à moradia em residência não própria (OR: 1,53; IC95%: 1,05- 2,24) e à intenção prévia de oferecer chupeta (OR: 2,50 – IC95%: 1,63-3,83). Conclusão a prevalência do uso de chupeta foi compatível com a intenção de ofertá-la durante a gestação, esteve associada ao tipo de residência e à intenção de ofertar o dispositivo durante a gestação. Torna- se importante conscientizar as gestantes sobre os riscos do uso de chupeta para o aleitamento materno e para a saúde do bebê.