Introdução: Dentre as lesões radiolúcidas mais agressivas na cavidade oral encontram-se o ameloblastoma. Esta lesão pode ocorrer em pacientes jovens e apresenta-se como lesão radiolúcida que podem estender-se ao longo do corpo da mandíbula, levando a complicações como trismos ou até fraturas patológicas. Paciente de 17 anos, do gênero feminino, chega à clínica de Estomatologia, encaminhada pelo dentista de sua cidade, com queixas de trismo e dor espontânea em mandíbula direita. Em exame de radiografia panorâmica observa-se extensa lesão radiolúcida por todo corpo de mandíbula, com afinamento das corticais, envolvendo o elemento 48. Objetivos: o objetivo deste trabalho é discutir as características de imagem associadas ao exame histopatológico bem como, a partir destes traçar a melhor conduta buscando a qualidade de vida da paciente adolescente. Conduta clínica: opta-se por realizar uma tomografia computadorizada de feixe cônico e observa-se que o melhor caminho seria a ressecção cirúrgica. Pelo fato da paciente ainda estar em fase de desenvolvimento a ressecção causaria danos musculares e estéticos a mesma. Então, a segunda opção foi a tentativa de um procedimento de marsupialização, buscando a diminuição da lesão. Resultados: Realizado a biópsia e com as características tomográficas e histopatológicas conclui-se que se trata de ameloblastoma unicístico. E assim, com a marsupialização a lesão foi descomprimida e foi possível a formação de osso de forma que a retirada desta não causará maiores danos a paciente. Conclusão: É necessário a associação dos aspectos imaginológicos e histopatológicos para a confirmação diagnóstica de lesões osteolíticas extensas e embora ressecção cirúrgica seja o tratamento padrão-ouro para estas lesões é necessário considerar outras abordagens considerando a qualidade de vida em pacientes jovens.