Sinusite maxilar de origem odontogênica e suas opções de tratamento- uma revisão de literatura
Laura Machado DIAS, Adrya Rafaela Krauss de CARVALHO, Hadria Machado CABRAL, Karolinne Beloti SILVA, André Gustavo PALEARI
Abstract
Introdução: A sinusite maxilar de origem odontogênica é caracterizada como uma patologia infecto-inflamatória da membrana de Schneider, que recobre a cavidade paranasal, devido a introdução de corpos estranhos por fatores iatrogênicos e dentários. Necessariamente, deve ser diferenciada da sinusite nasal por meio de um minucioso diagnóstico, visto que divergem em relação a microbiota, fisiopatologia e conduta terapêutica. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi propor uma revisão na bibliografia atual referente a sinusite de origem odontológica e suas opções de tratamento. Material e método: A pesquisa foi realizada através das bases de dados PubMed, Scholar Google, Scielo e Cochrane, nos idiomas inglês e português, buscando artigos publicados entre os anos 2000 a 2021. Resultados: Em tese, as causas da sinusite maxilar odontogênica são infecções por bactérias aeróbioanaeróbio polimicrobiana, infecções por corpos estranhos e perfurações nos seios da face. São comuns relatos em que implantes dentários se deslocam para o interior dos seios e cirurgias de extrações dentárias que ocorrem a comunicação buco-sinusal, causando a sinusite odontogênica. Ela acontece principalmente em pré-molares e molares superiores, devido a maior proximidade ao seio, e a principal diferença entre as sinusites maxilares é que a odontogênica, diferentemente da nasal, acomete apenas um lado da face. O tratamento consiste basicamente na eliminação do fator causal, antibioticoterapia e utilização de descongestionantes nasais. Porém, algumas manobras podem ser associadas como a Manobra de Caldwell-Luc e a Cirurgia Endoscópica. Conclusão: Em suma, nessa revisão de literatura conclui-se que é essencial diagnosticar corretamente a sinusite odontogênica, tendo em vista que um tratamento eficiente varia desde a remoção do fator dentário causal, indicação de fármacos e até mesmo o manejo da comunicação oroantral. Se não tratada adequadamente, pode recidivar ou progredir para complicações mais severas.