Avaliação da relação anatômica entre os terceiros molares e o canal mandibular por meio de tomografia computadorizada cone beam
Magno VinÃcius Silva BATISTA, Joel MOTTA-JÚNIOR
Abstract
Introdução: A extração de terceiros molares inferiores é o procedimento de cirurgia oral mais realizado na prática clÃnica. Devido à estreita relação anatômica entre as raÃzes dos terceiros molares e o canal mandibular, distúrbios neurossensoriais são complicações graves que podem ocorrer no pós-operatório. Objetivo: Estabelecer a relação anatômica entre o canal mandibular e os terceiros molares, a partir da análise de Tomografias Computadorizadas Cone Beam. Materiais e métodos: Foi realizada a análise de tomografias computadorizadas de 67 terceiros molares, através de software de planejamento Blue Sky Plan 4. Foram avaliadas: quantidade de raÃzes, posicionamento dos terceiros molares, relação do canal mandibular com o terceiro molar, relações anatômicas que favorecem o contato entre o canal e o terceiro molar e distâncias do canal à s corticais ósseas. Resultados: Após análises, foi observada maior prevalência de terceiros molares birradiculares (76,12%). Em relação à s classificações de Pell e Gregory, 52,23% dos dentes foram classificados como Classe 1 e 71,64% como classe A. Na classificação de Winter, as angulações mais prevalentes foram vertical e mesioangular, com 38,8% e 35,8% respectivamente. Segundo a classificação de Sicher e Tandler, houve predileção por canais tipo I (41,8%), já no posicionamento vestÃbulo-lingual, em 89,5% dos casos os canais foram localizados por vestibular. Houve contato com o canal mandibular em 44,8% dos dentes e os fatores que influenciaram o aumento nessa prevalência foram: Gênero feminino (p=0,019), Quantidade de raÃzes (p=0,019), dentes classe 3 (p=0,004) e C (p=0,012) e posicionamento lingual do canal em relação ao dente (p=0,016). Conclusão: Portanto, a avaliação dos terceiros molares por tomografias é essencial, pois identifica relações anatômicas que favorecem o contato entre dente e canal mandibular e devem ser consideradas durante o planejamento pré- operatório, visando reduzir a incidência de distúrbios neurossensoriais e maior previsibilidade pós-operatória.