Introdução: Originalmente, os materiais resinosos não possuem capacidade antimicrobiana, e a infiltração de bactérias na interface adesiva está diretamente relacionada à cárie secundária e ao insucesso dos tratamentos reabilitadores. Objetivo: O objetivo desta revisão sistemática foi avaliar os efeitos da modificação dos cimentos resinosos sobre capacidade antimicrobiana, propriedades mecânicas e grau de conversão. Material e Método: Pesquisas nas bases de dados Embase, PubMed, SCOPUS, Cochrane library e Web of Science foram enriquecidas com buscas manuais, entre maio e junho de 2020 utilizando palavras-chave “antibacterial resin-cement” NOT “adhesive” NOT “ionomer”. Os critérios incluíram artigos redigidos em inglês, estudos in vitro que avaliaram cimentos resinosos com incorporação de agente antimicrobiano, que descreveram grau de conversão e/ou propriedades mecânicas, e/ou efeito do agente antimicrobiano, e artigos indexados na base Journal Citation Reports (JCR). Resultado: Um total de 100 artigos foram encontrados, destes, 11 foram selecionados pelo título e/ou resumo de acordo com os critérios de inclusão. Dos 7 artigos selecionados para leitura completa, 3 artigos permaneceram nesta revisão sistemática. Estes, tiveram uma alta variabilidade nos materiais e métodos dificultando a realização de análise estatística dos dados, assim, foi realizada uma análise descritiva. Conclusão: Existe um consenso sobre a necessidade da incorporação de capacidade antimicrobiana aos cimentos resinosos, entretanto, imobilizar um agente antimicrobiano na matriz polimérica sem promover alterações importantes nas funções estruturais e propriedades mecânicas ainda é um desafio.