Uso do diamino fluoreto de prata (DFP) no atendimento odontopediátrico
Juliana da Silveira GAIOTTO, Rafael Amorim MARTINS, Angela Cristina Cilense ZUANON
Resumo
Introdução: De etiologia multifatorial e considerada um problema de saúde pública, a doença cárie é considerada a mais comum da infância. Como fatores preditores, podemos citar a dieta rica em carboidratos fermentáveis, presença de bactérias no biofilme dental, hábitos de higiene bucal, entre outros. Quando não tratada, pode ocasionar dor, disfunção e até mesmo prejudicar a realização de atividades diárias básicas. Dentre as várias opções indicadas para o tratamento e prevenção da cárie dentária, encontra-se o diamino fluoreto de prata (DFP), indicado para pacientes com alto risco e atividade de cárie, situação comum na clínica odontopediátrica. Objetivo: O objetivo deste trabalho é apresentar, por meio de revisão de literatura, características do DFP no atendimento odontopediátrico. Material e Método: Foi realizada busca nas bases de dados PubMed, SciELO e Google Acadêmico. Resultado: Introduzido na década de 1960, o DFP é bactericida, impede a formação do biofilme, induz a remineralização, tem baixo custo, é seguro, de uso rápido e fácil e não é invasivo. Porém, causa manchamento da superfície dentária, ocasionando prejuízo estético, o que deve ser discutido com cautela com os responsáveis pela criança. Alguns estudos clínicos recentes comprovam que o DFP na concentração de 38% possui impacto significativo no tratamento de lesões de cárie em crianças, diminuindo a incidência de novas lesões e paralisando as já existentes. Ainda, considerando o contexto atual de pandemia, quando o profissional deve evitar possível contaminação por aerossóis, o uso do DFP é um importante tratamento a ser considerado, por ser minimamente invasivo e não necessitar do uso da alta rotação. Conclusão: O DFP pode ser considerado um tratamento eficaz para a cárie dentária, principalmente em tempos de pandemia.