Revista de Odontologia da UNESP
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Revista de Odontologia da UNESP
Congress Abstract

Células-tronco mesenquimais indiferenciadas do tecido adiposo: quais são as evidências científicas em cirurgias de regeneração óssea?

Ísis de Fátima BALDERRAMA, Rafael FERREIRA, Moira Pedroso LEÃO, Elcio MARCANTONIO-JÚNIOR

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Resumo

As células-tronco mesenquimais derivadas do tecido adiposo humano (CTMs- TAH) são consideradas uma fonte promissora por constituírem característica pluripotentes, incluindo propriedades osteogênicas. O objetivo desta revisão de literatura foi elencar às evidências da aplicabilidade clínica das CTMs-TAH a fim de aprimorar as cirurgias de regeneração óssea em regiões de atrofia na maxila e mandíbula. Para isto, um levantamento bibliográfico foi realizado em diferentes bases de dados: PubMed, Embase, Web of Science e Cochrane Library utilizando alguns descritores específicos da temática escolhida e organizados pela estratégia PICO. Como resultados, um total de 9 artigos clínicos elegíveis foram selecionados. Os protocolos aplicados para obtenção das CTMs-TAH foram abordados de acordo com a fonte da região do tecido abdominal (TA) e da mucosa jugal intra-oral pela bola de Bichat (BB). A complementação dos estudos clínicos com avaliação in vitro demonstraram que a BB possui expressão em marcadores de células mesenquimais tanto quanto as do TA. Em cirurgias de levantamento de seio maxilar, CTMs-TAH proveniente do TA em conjunto com enxerto aloplástico, alógeno e xenógeno, resultaram ser um método regenerativo efetivo e seguro. Biópsias dessas áreas enxertadas apresentaram formação de novo osso vital, demonstrando o potencial celular das CTMs-TAH. Já nos casos de regeneração óssea em pré-maxila e mandíbula atrófica, as CTMs-TAH provenientes da fonte da BB quando associada com o enxerto autógeno e/ ou xenógeno, demonstraram um ganho no volume ósseo através de análises histológicas e radiográficas. Pode-se concluir que a aplicabilidade das CTMs-TAH quando associadas aos diferentes tipos de enxertos nas regenerações ósseas de regiões atróficas, parecem beneficiar o processo de reparo ósseo. Entretanto, discussões das questões éticas e protocolos da técnica devem ser considerados nos futuros estudos.

Palavras-chave

Tecido adiposo; células-tronco mesenquimais; regeneração óssea
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