Revista de Odontologia da UNESP
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Revista de Odontologia da UNESP
Resumo de Congresso

Raro caso de síndrome da fissura orbitária superior associada a trauma de face

Déborah Laurindo Pereira SANTOS, Renato Torres AUGUSTO NETO, Eduardo Santana JACOB, Luiz Henrique Soares TORRES, André Felipe Yoshitani BARBOSA, Igor Pacheco da SILVA, Eduardo HOCHULI-VIEIRA, Marcelo Silva MONNAZZI

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Resumo

Introdução: A fissura orbitária superior localiza-se na porção posterior da cavidade orbitária, e se relaciona com os III, IV, V e VI pares cranianos. O trauma a esta região, através de patologias, infecções ou fraturas faciais, pode ocasionar a Síndrome da Fissura Orbitária Superior, pela íntima relação com os nervos supracitados. É rara quando relacionada a trauma de face, acometendo apenas 1% dos casos. O tratamento proposto é de acordo com a etiologia, podendo variar entre cirúrgico, medicamentoso ou conversador. Objetivo: Discorrer sobre o caso clínico de uma paciente que desenvolveu Síndrome da Fissura Orbitária Superior após trauma de face. Conduta clínica: Paciente do sexo feminino, 30 anos de idade, foi atendida pelo Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco- Maxilo- Facial da FOAr- UNESP, após ser vítima de acidente motociclístico. A avaliação inicial seguiu o protocolo de ATLS, sem alterações. Ao exame clínico facial apresentava em região periorbital esquerda equimose, edema, ptose palpebral, midríase, restrição de movimentação ocular extrínseca, relatava diplopia em campos laterais e AVG: 20/40 em olho esquerdo. Através de avaliações clínicas e exames complementares, foi diagnosticada com fratura de osso zigomático esquerdo associada à Síndrome da Fissura Orbitária Superior. Desta forma, foi proposto o tratamento cirúrgico para redução e fixação da fratura de face, associado à utilização de corticóides (hidrocortisona 200mg EV) durante sete dias de internação para resolução da síndrome desenvolvida. Resultado: A paciente respondeu bem ao tratamento, apresentando boa projeção do zigoma, ausência de ptose palpebral, movimentos oculares livres, AVG: 20/20 em ambos os olhos, sem queixas álgicas ou visuais. Conclusão: O reconhecimento da síndrome orienta a conduta imediata, possibilitando ao profissional um planejamento preciso e um tratamento com maior previsibilidade.

Palavras-chave

Trauma; fissura orbital superior; órbita.
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