Um dos motivos mais comuns para a procura por procedimentos estéticos é a presença de diastemas. Quando generalizados, os laminados cerâmicos costumam ser uma opção de tratamento por não exigirem um preparo muito invasivo, melhorando cor, forma e posição dos dentes. O presente caso relata uma paciente, do gênero feminino, 59 anos, que buscou atendimento na clínica de especialização em Dentística da Faculdade de Odontologia de Bauru, com queixa principal de espaços entre os dentes anteriores superiores. O clareamento dentário já havia sido executado, restando a finalização com procedimento restaurador. Sugeriu-se o fechamento dos diastemas generalizados com laminados cerâmicos, de dissilicato de lítio (emax), dos elementos 13 ao 23, após mock up. O enceramento diagnóstico auxiliou a detectar os desgastes mais acentuados e necessários, devido à projeção dos dentes, deixando uma naturalidade maior. O mock up foi fundamental para a aprovação da paciente, mas acima de tudo testar a fala, visto que a dimensão vertical aumentaria. Os desgastes foram realizados com pontas diamantadas finas e extra-finas, além de tiras de lixa. Para a cimentação, condicionou-se a peça com ácido fluorídrico 10% por 20s, aplicação de silano e sistema adesivo (Ambar APS, FGM). No preparo da estrutura dentária, a hibridização foi feita com ácido fosfórico 37% e sistema adesivo (Ambar APS, FGM). Cada peça foi cimentada individualmente utilizando o cimento Allcem Veneer APS (FGM), através da técnica “point cure” com o Valo Cordless (Ultradent) que permitiu um melhor controle dessa etapa. A paciente não apresentou alteração de fala, ficou satisfeita e se encarregou de ir ao dentista para confecção de uma placa miorrelaxante em sua cidade. Portanto, apesar de ser um tratamento conservador, cuidados como o enceramento, mock up e técnica de fotoativação são necessários para laminados alcançarem sucesso clínico e satisfação do paciente.