Influência da diabetes mellitus na inflamação e mineralização do tecido pulpar após clareação dentária
Débora Helen Fonseca AMANCIO, Gabriela Aparecida RAMOS, Alexandre Henrique dos REIS-PRADO, Edilson ERVOLINO, Dóris Hissako SUMIDA, André Luiz Fraga BRISO, Luciano Tavares Angelo CINTRA, Francine BENETTI
Resumo
Anteriormente, observamos que a diabetes mellitus (DM) esteve associada a maior inflamação, deposição de dentina terciária e maturação das fibras colágenas na polpa de dentes clareados com alta concentração de peróxido de hidrogênio (H2O2). Este estudo avaliou a influência da DM na imunomarcação da osteocalcina (OCN) no tecido pulpar de ratos após clareação dentária com H2O2 a 17,5%. Vinte e oito ratos foram divididos em grupos normoglicêmicos (N) e diabéticos (D). Após a indução da DM, a clareação dentária foi realizada nos molares superiores do lado direito (H2O2 17,5%, 30 min). Os molares esquerdos serviram como controle (gel placebo, 30 min). A sessão clareadora resultou nos grupos N, N-clareados (NCla), D e D-clareados (DCla). Aos 2 e 30 dias (n=7), os animais foram eutanasiados e as hemimaxilas removidas para análise histológica e imunohistoquímica, através de escores. Os dados foram submetidos aos testes estatísticos de Wilcoxon e Mann- Whitney (p0,05). Aos 30 dias, não houve inflamação, mas foi observada a formação de dentina terciária nos grupos clareados (p>0,05). Em relação à imunomarcação de OCN, aos 2 dias, houve imunomarcação moderada nos grupos clareados e leve nos controles, com diferença entre os grupos clareados e seus controles (p0,05); houve imunomarcação leve em DCla e moderada em NCla (p>0,05). Houve diferença significativa entre N e NCla (p0,05). Conclui-se que DM não influenciou na inflamação do tecido pulpar de dentes clareados com baixa concentração de H2O2, mas reduziu a imunomarcação de OCN em período tardio.