O papel do profissional da saúde no combate da desinformação no cenário da pandemia do SARS-COV-2
William Ananias Mansor FERNANDES, Débora Dias da Silva HARMITT
Resumo
Esse estudo buscou entender a desinformação em um cenário de pandemia global, sobretudo do novo coronavírus (SARS-Cov-2), e ferramentas para combatê-la. Foi realizada uma revisão narrativa da literatura, com pesquisa bibliográfica no Google Acadêmico, Biblioteca Virtual da Saúde, com os termos “Covid-19”, “desinformação”, “infodemia”, “fake news” e “educação em saúde” e suas combinações. Também foram usadas publicações do site da Organização Mundial da Saúde (OMS) e Ministério da Saúde. A pesquisa apontou a evolução do contágio do vírus, as medidas de combate defendidas pela OMS e, ao mesmo tempo, o surgimento de um fenômeno identificado pela OMS, denominado infodemia. Além desses pontos, foi analisada a relação da sociedade com o excesso de (des)informação, que favorece as fake news, ressaltando a importância em identificá-las e verifica-las, pois elas podem intensificar a pandemia, fazendo com que os indivíduos corram mais riscos. A desinformação não é um fenômeno novo que apenas está relacionada à nova pandemia. Tal situação relaciona-se com analfabetismo digital e analfabetismo em saúde, que poderiam ser atenuados com políticas públicas de educação e de saúde capazes de diminuir as desigualdades sociais e na saúde, sendo, assim, mais inclusivas e equânimes. Tais políticas devem reforçar o aspecto de compartilhamento de experiências e práticas, intermediado pela construção de um pensamento crítico e reflexivo, do aprendizado, bem como individualizar as formas de aprendizado de cada comunidade. De acordo com a revisão, conclui-se que o profissional da saúde tem um papel transformador na sociedade e deve atuar como um educador e promotor da saúde, observando os determinantes sociais, e auxiliando na busca de informações fidedignas e adequadas para o enfrentamento da pandemia, por meio de uso de tecnologias leves e apoio de líderes comunitários.