A displasia cemento-óssea florida é uma lesão fibro-óssea, assintomática, na qual há a substituição de tecido ósseo por tecido conjuntivo fibroso, que radiograficamente se apresenta como uma lesão mista, com áreas radiolúcidas e radiopacas, em estágios, desde áreas de rarefação óssea isoladas a grandes massas radiopacas difusas. O objetivo do estudo é apresentar um caso clínico de uma paciente com displasia óssea florida, com episódio de osteonecrose e evidenciando a terapia fotodinâmica pós-cirúrgica como um tratamento. Paciente do gênero feminino, negra, 66 anos, portadora de comorbidades como hipertensão, osteoporose, esclerose múltipla e Doença de Graves que procurou o Serviço de Medicina Bucal 3 meses após exodontia do dente 46, apresentando edema local, dor e fístula no local da extração associada a um sequestro ósseo. Iniciou-se o tratamento associando-se antibioticoterapia (Ciprofloxacino 500mg), Tocoferol – vitamina E 400 mg, resultando em remissão da fístula e resolução da infecção após 12 meses de tratamento. Após 2 anos de acompanhamento, paciente apresentou- se em um retorno com exposição óssea na mesma região, se estendendo ao dente 47. Repetiu-se o esquema terapêutico anterior, planejou-se a exodontia do dente 47, sequestrectomia e aplicação de plasma rico em fibrina (PRF) com a equipe de cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial da Faculdade de Odontologia de Araraquara – Unesp. O pósoperatório foi realizado, diariamente com irrigação de clorexidina 0,12% e terapia fotodinâmica para auxiliar na reparação tecidual. Conclui-se que é fundamental que o cirurgião – dentista conheça as doenças sistêmicas e locais que implicam em potenciais complicações, adequando o tratamento odontológico às necessidades de cada paciente.