Revista de Odontologia da UNESP
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Revista de Odontologia da UNESP
Congress Abstract

Infecção de displasia cemento-óssea após exodontia: relato de caso

Rita Catarina de OLIVEIRA, Mirlany Mendes Maciel OLIVEIRA, Daniela Meneses SANTOS, Jonas Dantas BATISTA, Luiz Fernando Barbosa de PAULO, Larissa Gonçalves Cunha RIOS, Felipe Gomes Gonçalves Peres LIMA, Claudia Jordão SILVA

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Resumo

Introdução: A displasia cemento-óssea é uma lesão benigna que afeta especificamente os ossos da mandíbula e possui predileção por mulheres negras de meia-idade. Caracteriza-se pela substituição do osso trabecular normal por cemento acelular denso em um estroma fibroso e hipovascularizado, geralmente diagnosticada acidentalmente em exames radiográficos odontológicos de rotina. Objetivo: O objetivo do trabalho é apresentar o caso clínico de uma paciente que evoluiu com infecção após extração de elementos dentários. Conduta Clínica: Paciente do gênero feminino, 67 anos, melanoderma, com história prévia de exodontia dos elementos dentários 31 e 41 onde, no mesmo tempo cirúrgico foi realizado biópsia incisional de lesão em região periapical, com diagnóstico de displasia cemento-óssea. Após 9 meses de exodontia paciente foi encaminhada ao ambulatório do serviço de cirurgia e traumatologia do Hospital de Clínicas de Uberlândia apresentando infecção em região de sínfise mandibular. Como conduta inicial foi realizada a prescrição medicamentosa de antibiótico e após 7 dias foi optado por realização de curetagem de lesão em ambiente cirúrgico, onde foi abordada sob anestesia geral. Procedeu-se com a curetagem e osteotomia periférica. Paciente apresentou pós-operatório sem complicações e processo de cicatrização satisfatório, e após 1 ano de proservação recebeu alta definitiva do serviço de CTBMF. Discussão: Displasias cemento-ósseas geralmente tendem a ser hipovasculares e propensas à necrose e infecções secundárias ao mínimo estímulo. Para pacientes assintomáticos, o tratamento é o acompanhamento regular. Este relato descreve um caso infectado pósoperatório que necessitou de tratamento adicional. Conclusão: O profissional deve-se atentar para as circunstâncias em que a cirurgia se torna necessária, a fim de prevenir um manejo inadequado, podendo resultar em um curso clínico prolongado.

Palavras-chave

Lesões fibro-ósseas; diagnóstico; displasia óssea.
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