Os bisfosfonatos compõem uma classe de medicamentos, análogos sintéticos do pirofosfato endógeno, que são indicados para inibir a reabsorção osteoclástica. Esses fármacos constituem a terapia antirreabsortiva mais amplamente empregada no controle da osteoporose, doença de Paget, mieloma múltiplo e metástases esqueléticas. Nos últimos anos, um número crescente de casos de osteonecrose dos maxilares associadas ao uso destes medicamentos foi reportado. O objetivo foi evidenciar alterações na anatomia radiográfica em pacientes que sofrerem osteonecrose em maxilares pelo uso de bisfosfonatos orais. Foram realizadas buscas de artigos indexados em bancos de dados como o SciELO e o PubMed, a partir do ano de 2007 até os dias de hoje, com as palavraschave: osteonecrose associada aos bisfosfonatos, radiografia panorâmica e bisfosfonatos. A aparência radiográfica interna dos maxilares é complexa e resulta na combinação da esclerose óssea e destruição ao redor dos dentes e da crista alveolar. O padrão radiopaco e esclerótico é prevalente nas imagens. Os pacientes que fazem ou fizeram o uso de bisfosfonatos e que necessitam de atendimento odontológico devem ser submetidos a um exame radiográfico detalhado dos ossos maxilares. Os achados imaginológicos da osteonecrose em maxilares que foram descritos na literatura são: espessamento ou anormalidades da lâmina dura, esclerose óssea, osteólise, erosão dos ossos corticais adjacentes, presença de sequestros ósseos, reação periosteal, desorganização do trabeculado medular, alvéolos de dentes recém extraídos com remodelação atrasada, fratura patológica. Assim, podemos concluir que o uso de bisfosfonatos, apresentaram alterações radiográficas importantes, enfatizando a necessidade de uma análise radiográfica criteriosa em pacientes que fazem o uso de drogas antirreabsortivas, na tentativa de prevenir ou diagnosticar precocemente a doença.