Revista de Odontologia da UNESP
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Revista de Odontologia da UNESP
Congress Abstract

Intervenção cirúrgica odontológica em paciente cirrótico em fila de transplante hepático: relato de caso

Larissa Fernanda dos Santos Lima MACEDO, Marcus Vinícius BUENO, Nathalia Gramari ROSSI, Maria Paula Siqueira de Melo PERES, Juliana Bertoldi FRANCO, Carina DOMANESCHI

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Resumo

Introdução: Transplantes de órgãos demandam a administração de agentes imunossupressores a fim de se diminuir as chances de rejeição do órgão transplantado pelo organismo. Pacientes candidatos a esse procedimento necessitam de acompanhamento odontológico prévio a fim de eliminar focos de infecção que podem culminar em complicações infecciosas no pós-transplante. O fígado é responsável pela manutenção da homeostasia e hemostasia do organismo, de forma que pacientes cirróticos apresentam diminuição da produção dos fatores de coagulação e anticoagulação, elevando o risco de eventos hemorrágicos. Estudos recentes apontam que é possível realizar procedimentos odontológicos cruentos em pacientes cirróticos com segurança, mesmo com contagem de plaquetas inferior a 150.000mm, sem transfusão de hemoderivados, desde que sejam utilizados meios hemostáticos locais. OBJETIVO: Este trabalho relata o caso clínico de uma paciente em fila de transplante de fígado devido a cirrose por hepatite C, com necessidade de exodontia para remoção de foco infeccioso oral. CONDUTA CLÍNICA: A paciente apresentava contagem de plaquetas em 40.000/mm3 e Razão Normalizada Internacional de 1,64. Foram realizadas exodontias dos dentes 12, 13 e 14, com administração de agente antifibrinolítico intra-alveolar como meio hemostático local de escolha, sutura com fio não reabsorvível, sem complicações durante o trans-operatório. No pós-operatório de sete dias não foram observadas hemorragias ou formação de hematomas ou equimoses. CONCLUSÃO: Intervenções cruentas podem ser realizadas de maneira segura em pacientes cirróticos através da boa avaliação do indivíduo, técnica cirúrgica bem executada e administração de meios hemostáticos locais, diminuindo os riscos de hemorragias e eliminando a necessidade transfusão de hemoderivados.

Palavras-chave

Cirurgia bucal; cirrose hepática; transplante de órgãos.
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