O tratamento integrado é um grande desafio; além de envolver execução de procedimentos demais de uma especialidade, o clínico se depara com casos que requerem extensa reabilitação funcional e estética. O objetivo deste trabalho foi fazer um relato de caso clínico envolvendo aumento de Dimensão Vertical de Oclusão (DVO). Paciente do sexo masculino, 73 anos, procurou a Clínica Integrada da FOAr-UNESP com queixa principal de desgaste dentário generalizado. Após preenchimento de ficha clínica e exame clínico, foram feitos raspagem e polimento supragengival, moldagem dos arcos, registro oclusal em JIG (aumento de 1mm na DVO) e montagem de modelos em articulador. Um enceramento diagnóstico foi solicitado para confecção de mockup no arco superior. O paciente utilizou uma placa dentada para habituar-se à nova DVO. Desta forma, as restaurações em amálgama dos dentes posteriores foram removidas e preparou-se para receber overlays. Os elementos 13 e 15 foram preparados para receber prótese fixa convencional de 3 elementos, e os dentes anteriores para facetas. Foi feito o tratamento endodôntico do elemento 12 antes da instalação da faceta, pois houve dor espontânea e à percussão vertical, além de lesão periapical visível radiograficamente. De acordo com as condições socioeconômicas do paciente e a necessidade de maior resistência e estética das restaurações, estas foram confeccionadas em IPSe-max, sendo totalmente cerâmicas. O coping da prótese parcial fixa foi fresado (zircônia), bem como as overlays (dissilicato de lítio). A cimentação das peças foi realizada de maneira gradativa, seguida de ajuste oclusal. Pode-se concluir que a reabilitação trouxe benefícios estéticos e funcionais, sendo relatados pelo próprio paciente, relativos à melhora da mastigação, melhor desempenho de movimentos excursivos, maior conforto ao sorrir e, portanto, melhora na qualidade de vida.