Protração maxilar com ancoragem esquelética em fissura labiopalatina unilateral: uma avaliação cefalométrica
Patrícia JOST, Renato André de Souza FACO, Daniela Gamba GARIB, Terumi Okada OZAWA, Rita de Cássia Moura LAURIS, Claudia Resende LEAL, Tiago Turri Castro RIBEIRO, Adriano Porto PEIXOTO
Resumo
Introdução: Uma das alternativas atuais para o tratamento ortopédico da Classe III esquelética é o uso de elásticos intermaxilares associados às miniplacas. Esse recurso tem mostrado resultados favoráveis na prostração da maxila, além de promover alterações no crescimento da mandíbula. Objetivo: o objetivo deste trabalho é avaliar o resultado da protração ortopédica maxilar em pacientes com fissura labiopalatina por meio de elásticos intermaxilares ancorados em miniplacas tipo Bollard. Métodos: Foram instaladas 92 miniplacas em 23 indivíduos (grupo experimental-GE), 17 do sexo masculino (73,91%) e 6 do sexo feminino (26,09%) com idade média de 11 anos e 9 meses. Após 3 semanas da instalação das miniplacas, iniciou-se o uso de elásticos intermaxilares 24 horas por dia por 18 meses. Tomografias computadorizadas de feixe cônico foram realizadas no início e no final do tratamento. O grupo controle (GC) foi formado por 23 pacientes com o mesmo tipo de fissura não tratados ortopedicamente, pareados por sexo, idade e tempo entre os exames de imagem com o GE. As comparações intergrupos e intragrupos foram realizadas, respectivamente, por meio de teste t independente e pareados por sexo, idade e tempo entre os exames de imagem como GE. (p<0.05). Resultados: a comparação intergrupos apontou que o GE demonstrou maior movimento anterior da maxila que o GC, com capacidade de impressionar o perfil facial. As alterações entre as bases ósseas e a convexidade facial mostraram uma melhora significativa no GE. Conclusão: os resultados encontrados permitem concluir que esta modalidade de tratamento é viável para a correção das discrepâncias maxilomandibulares causadas pela deficiência maxilar em pacientes com fissura labiopalatina.