O cisto radicular é uma resposta imunoinflamatória às toxinas liberadas pelas bactérias que ocasionam a necrose pulpar. É uma lesão revestida por epitélio, podendo conter fluídos e restos celulares no seu interior, são encontrados na mandíbula e maxila e estão localizados nos ápices radiculares de dentes com necrose pulpar. Seu diagnóstico se dá por meio de radiografia periapical, onde é possível observar uma lesão radiolúcida bem circunscrita ao redor do ápice do elemento afetado, é possível clinicamente em alguns casos observar tumefação do tecido gengival. A  apicectomia é indicada quando o tratamento endodôntico associado ao uso de medicação sistêmica, não é suficiente para regressão da lesão periapical. O propósito deste trabalho é de descrever a técnica cirúrgica utilizada através de relato de dois casos clínicos. Paciente M.A.C. sexo feminino, 43 anos, chegou à clínica relatando dor persistente no elemento 12, o qual havia realizado tratamento endodôntico há seis meses. Ao exame clínico pudemos notar apresença de tumefação e fístula na vestibular em região de ápice, no exame radiográfico observamos que o elemento 12 com canal bem obturado, porém com lesão periapical sem regressão. Fizemos a drenagem da fístula, prescrição de antibiótico e optamos então pela enucleação e total remoção do cisto associada à apicectomia. Foi realizada a anestesia infiltrativa para bloqueio do nervo alveolar anterior superior, incisão semilunar no vestíbulo e levantamento do retalho, foi então realizada a enucleação e curetagem do cisto e da raiz do dente. Passamos então à apicectomia, utilizando uma fresa esférica removendo os útimos 3 mm do ápice, fizemos o selamento do ápice com MTA, irrigamos abundantemente e então fizemos a sutura do retalho