Reoperação de fratura mandibular utilizando enxerto autógeno – relato de caso
Igor Pacheco da SILVA, André Felipe Yoshitani BARBOSA, Giovanni CUNHA, Marisa Aparecida Cabrini GABRIELLI
Resumo
O trauma buco-maxilo-facial está entre as causas de admissão mais frequentes em serviços hospitalares de atendimento de urgência e emergência e se relaciona diretamente com comprometimentos funcionais, psicológicos e estéticos. Dentre as fraturas maxilo faciais, os traumas mandibulares, em conjunto com o complexo e arco zigomático, figuram entre os ossos mais afetados da face. Para se obter um correto reestabelecimento de forma e função, faz-se necessário o adequado conhecimento da etiologia, incidência, características, formas de tratamento e complicações mais associadas as fraturas mandibulares. As complicações mais comuns do tratamento dessas fraturas são: má-oclusão, infecções, falha da fixação e mobilidade entre os seguimentos ósseos. Esse trabalho se propõe a relatar um caso de fratura de corpo mandibular esquerdo, o qual necessitou de reintervenção e fixação interna estável. Primeiramente foi realizada a internação da paciente e redução dos seguimentos. Após 02 meses do procedimento foi observado edema na região mandibular, má-oclusão e frouxidão do aparato de fixação. Optou-se pela reabordagem cirúrgica utilizando placa de reconstrução em conjunto com enxerto ósseo particulado autógeno proveniente da crista ilíaca. No pós-operatório de 30 dias a paciente apresentava oclusão estável, ausência de sinais e sintomas de infecção, bom aspecto cicatricial e movimentos mandibulares livres. Conclui-se que é essencial uma correta redução e fixação dos segmentos ósseos a fim de minimizar as complicações pós-operatórias, e o caso evidencia a eficiência do enxerto ósseo autógeno proveniente da crista ilíaca no tratamento cirúrgico de reconstruções mandibulares.