A implantodontia vem sendo aprimorada ao longo dos anos para restabelecer forma e função de rebordos reabsorvidos por meio de reconstruções ósseas associadas a combinação de biomateriais e aparatos metálicos, como malhas e placas de titânio e distratores osteogênicos, de forma que mais de uma abordagem pode ser necessária. Considerando a importância e a necessidade em se restabelecer concomitantemente quantidade suficiente de tecido mole para o recobrimento e nutrição do enxerto, uma parte das reconstruções falha. No caso apresentado o paciente compareceu com reabsorção severa da região anterior de maxila e necessidade de enxerto ósseo para restabelecimento do volume. Na primeira intervenção a referida região foi reconstruída por meio da técnica de osteotomia segmentar para ganho de altura associado a bloco autógeno oriundo do ramo mandibular para preenchimento do gap. Na segunda intervenção, para restabelecimento da espessura, foi coletado enxerto em bloco novamente da região do ramo mandibular sendo fixado na face palatina da maxila por meio de parafusos de titânio. Uma terceira intervenção foi necessária para preenchimento de defeitos ósseos remanescentes e aumento da espessura óssea. A reconstrução foi realizada com malha de titânio e enxerto particulado, a qual precisou ser removida no decurso devido exposição. Posteriormente a paciente foi reabilitada apresentando sete anos de acompanhamento. Este trabalho demonstra a complexidade em se restabelecer o volume ósseo em algumas situações clínicas bem como a necessidade de combinação de técnicas e biomateriais.