Descrição histórica e anatômica da parte profunda do músculo temporal
Gabriely FERREIRA, Marcelo Brito CONTE, Marcela de Almeida GONÇALVES, Ticiana Sidorenko de Oliveira CAPOTE
Resumo
Introdução: Na maior parte dos livros, atlas de anatomia humana e artigos científicos não é citado a parte profunda do músculo temporal (PPMT). O músculo temporal é descrito como um músculo da mastigação, classificado como um músculo em leque, sendo citado normalmente o seu feixe superficial, com origem na fossa temporal e inserção no processo coronóide. Objetivo: O estudo teve como objetivo realizar uma descrição da parte profunda do músculo temporal (PPMT), além de uma alusão histórica do mesmo. Material e Método: Foi feita uma busca em livros, atlas de anatomia e artigos científicos sobre a morfologia do músculo temporal, utilizando bases de dados como Pubmed, Scopus, Lilacs, Bireme e Google Scholar. Foram pesquisados artigos em inglês e português. Foram aceitos artigos de qualquer ano de publicação. As palavras-chave utilizadas foram: “deep part of temporalis muscle”, “sphenomandibular muscle”, “temporalis muscle”, “sphenoidal tubercle” e “infratemporal crest”. Resultados: Encontramos artigos científicos controversos. Alguns autores defendem a ideia da existência de um músculo isolado denominado músculo esfenomandibular. Porém, a maioria dos autores que realizaram estudo de dissecação da região temporal, o descrevem como o feixe profundo do músculo temporal. O tubérculo esfenoidal e a crista infratemporal da asa maior do osso esfenóide foram citados como regiões de origem da PPMT, com inserção na crista temporal, estrutura presente na face medial do processo coronóide da mandíbula. Conclusão: A PPMT normalmente não é citada pela literatura, porém estudos realizados por meio de dissecação mostraram a presença constante da mesma nas peças cadavéricas, com origem e inserção distintas. Devido à sua área de inserção, pode ter implicações clínicas, como a interferência na estabilidade de próteses totais ou parciais inferiores.