Espessura de tecidos moles faciais: bases de dados nacionais e estrangeiras e sua importância para reconstruções faciais forenses
Franciéllen de BARROS, Barbara KUHNEN, Mônica da Costa SERRA, Clemente Maia da Silva FERNANDES
Resumo
INTRODUÇÃO: No campo forense existem técnicas que permitem a identificaçãodo cadáver. Entretanto, quando não há dados que permitam estabelecer a identidade do indivíduo, é de grande valia a realização da Reconstrução Facial Forense (RFF), técnica que auxilia no reconhecimento do corpo, elaborada a partir da modelagem dos contornos faciais sobre um crânio encontrado sem identificação. Para ser confeccionada, é necessário ter o conhecimento das espessuras dos tecidos moles faciais que recobrem as estruturas ósseas do crânio. OBJETIVO: Realizar um levantamento da literatura sobre os bancos de dados das espessuras de tecidos moles faciais nas diferentes populações, para serem utilizados em RFFs. MATERIAL E MÉTODO: As bases bibliográficas utilizadas para a busca dos artigos foram o PubMed, Web of Science e EMBASE, utilizando os descritores: Thickness of facial soft tissue, Thickness of facial soft tissue in the facial reconstruction e Forensic facial reconstruction. RESULTADOS: Na população internacional há tabelas para diferentes populações, como norte-americanos, chineses, alemães, franceses, europeus, etc. No Brasil até então, as únicas informações referentes à população adulta brasileira são de cinco trabalhos. É possível observar que existem diferenças entre as populações em relação às espessuras, além disso, apresentam variações em relação ao sexo, idade e estado nutricional e cor de pele. CONCLUSÃO: É necessário obter padrões específicos em diferentes populações, para que sejam aumentadas as chances de reconhecimento, sendo necessário levantar dados compatíveis com os de indivíduos pertencentes a determinada população.