A utilização da placa grade no tratamento cirúrgico de fratura do ângulo mandibular: aspectos positivos e relato de caso
ângulo mandibular: aspectos positivos e relato de caso Eduardo Santana JACOB, Déborah Laurindo Pereira SANTOS, Raphael Capelli GUERRA, Luiz Henrique Soares TORRES, Renato Torres AUGUSTO NETO, Eduardo Hochuli VIEIRA
Resumo
Fraturas mandibulares estão comumente presentes nos traumatismos faciais. As altas taxas de incidência desse tipo de fratura óssea são decorrentes da anatomia e de sua projeção no terço inferior da face. As fraturas de ângulo mandibular representam cerca de 20% a 36% de todas as fraturas mandibulares. Sua ocorrência resulta em problemas funcionais (fala, mastigação e deglutição), bem como em alterações estéticas que podem levar à sequelas, se não tratadas adequadamente. O tratamento ideal para esses tipos de fratura consiste em uma redução anatômica adequada, associado a fixação óssea estável e retorno as funções mandibulares com a menor morbidade possível. O tipo de acesso para o tratamento da fratura e as técnicas de redução aberta mudaram e se diversificaram nas últimas décadas, podendo ser realizadas com o uso de parafusos tipo lag screw, placas de compressão dinâmica, placas de reconstrução do sistema 2.4 mm, duas placas do sistema 2.0 mm, uma placa do sistema 2.0 mm na linha oblíqua externa, e mais recentemente, a utilização das placas grade. O princípio da utilização da geometria deste tipo de placa é o de fornecer estabilidade tridimensional associado a versatilidade de adaptação da mesma pelo acesso intra-bucal. O presente trabalho visa relatar os aspectos positivos, indicações e vantagens da utilização da placa grade nas fraturas de ângulos mandibulares, baseado na literatura atual, bem como relatar o caso de uma paciente do gênero feminino, 29 anos, vítima de agressão física, a qual foi tratada por acesso intra-bucal com este tipo de fixação interna estável.