Introdução: Atualmente, “Lentes de Contato” é um tema muito comentado e desejado, tanto por ser um procedimento minimamente invasivo, biocompatível, rápido e durável quanto por ter, praticamente, ausência de dor e desconforto para alcançar o tão desejado sorriso perfeito, lembrando que a palavra “perfeição” em Odontologia deve ser utilizada com cuidado, já que os parâmetros do “perfeito” dependem exclusivamente do perfil clinico, biológico e psicológico do paciente e antes de se pensar em estética, deve-se pensar no respeito pelos limites biológicos e de estruturas sadias. Objetivo: Este trabalho destaca as aplicações das chamadas “lentes de contato”, suas indicações e consequências quando não observados os parâmetros bioéticos. É também, uma análise desde a perspectiva bioética sobre o boom da estética orofacial, levando o Cirurgião Dentista a assumir uma posição responsável e consciente de até onde a busca pela “aparência perfeita” fere o seu compromisso ético e moral de prevenção e manutenção da saúde. Material e Método: Foram pesquisados no SCIELO e LILACS artigos nos idiomas português e espanhol publicados entre 2006 e 2019. Dos 27.300 resultados obtidos, 15 foram selecionados para o trabalho e excluídos artigos que apresentavam abordagens e idioma diverso do tema. Resultados:  Durante a confecção das lentes de contato o profissional deve fazer um planejamento em conjunto com o seu paciente, utilizando métodos e materiais de qualidade para que juntos, cheguem a um resultado final satisfatório, duradouro e principalmente saudável. Conclusão:  Conclui-se que a longevidade das facetas laminadas está diretamente ligada à realização do correto planejamento, uso de materiais e cuidados do paciente e profissional. O cirurgião dentista deve colocar a ética profissional acima de qualquer vantagem monetária e se negar a realizar trabalhos meramente estéticos sempre que julgar inconsistentes com a saúde do paciente.