Feminização facial e antropologia forense: novos paradigmas
Barbara KUHNEN, Franciéllen de BARROS, Clemente Maia da Silva FERNANDES, Mônica da Costa SERRA
Resumo
INTRODUÇÃO: Uma das partes fundamentais do corpo humano é a face, única para cada indivíduo, que contribui para sua a identidade e auto–reconhecimento. No contexto forense, na Reconstrução Facial Forense a face do sujeito é reconstruída a partir de seu crânio, buscando o seu reconhecimento. A morfologia óssea facial e craniana e as espessuras dos tecidos moles faciais são importantes fatores para a execução da mencionada técnica. Por outro lado, é crescente a demanda por cirurgias de feminização facial, que alteram a morfologia óssea facial daqueles que a elas se submetem. Estes podem também ter alteradas as espessuras dos seus tecidos moles faciais. De tais modificações podem advir consequências forenses, em casos de necessidade de identificação e de realização de trabalhos de Antropologia Forense (como o estabelecimento do perfil biológico) e Reconstrução Facial Forense. Vale ressaltar que há casos em que o processo de feminização é somente hormonal. OBJETIVO: Realizar um levantamento da literatura sobre cirurgia de feminização facial e o seu impacto no contexto da Antropologia Forense. MATERIAL E MÉTODO: As buscas foram realizadas utilizando as bases de dados bibliográficas—PubMed, Web of Science, EMBASE e LILACS. RESULTADO: Apesar de haver muitas publicações sobre feminização facial e sobre Antropologia Forense, isoladamente, não foram encontrados trabalhos com o enfoque em tela. CONCLUSÃO: São necessários estudos sobre o tema em pauta, pois tem aumentado o número de indivíduos submetidos a tais procedimentos e que, eventualmente, podem ser vítimas de alguma fatalidade, e precisarem ser corretamente identificados.