Importância do diagnóstico precoce de lesão pigmentada melanocítica oral em paciente pediátrico
Analú Barros de OLIVEIRA, Túlio Morandin FERRISSE, Karina Borges SALOMÃO, Elisa Maria Aparecida GIRO, Josimeri Hebbling COSTA, Andreia BUFALINO, Jorge Esquiche LÉON, Fernanda Lourenção BRIGHENTI
Resumo
INTRODUÇÃO: Lesões pigmentadas melanocíticas na mucosa bucal podem incluir muitas doenças o que torna o diagnóstico preciso um desafio. Essas lesões representam quase 0,9% dos casos avaliados em serviços de patologia. Os nevos melanocíticos são um grupo diverso de neoplasias melanocíticas benignas raras com prevalência de 0,1% na população. Clinicamente, os nevos melanocíticosorais (NMO) são lesões pequenas, bem circunscritas e planas que apresentam coloração que pode variar de tons de marrons, cinza-azuladosa quase pretos. Em relação à etiologia e patogênese do NMO, a maioria dos estudos se concentrou em sua variante cutânea. OBJETIVO: O objetivo deste trabalho é relatar um caso raro de NMO com atípia celular associado com hiperplasia lentiginosa. RELATO DE CASO: Paciente A.L.I, 4 anos, apresentou uma mácula escura de bordas regulares medindo 6 mm de diâmetro, localizada na região posterior mandibular do lado direito, com tempo de evolução de 15 dias. Os diagnósticos clínicos prováveis foram de mácula melanótica e NMO. Após biopsia excisional, o exame microscópico revelou NMO juncional com hiperplasia lentiginosa contendo atipia melanocítica focal. A presença de hiperplasia lentiginosa pode ser observada em alguns casos e indica malignidade da lesão. Após 9 meses de acompanhamento rigoroso, não há relatos de recidiva. CONCLUSÃO: NMO associados com hiperplasia lentiginosa devem ser considerados no diagnóstico diferencial de lesões pigmentadas orais, inclusive em pacientes pediátricos, com impacto no tratamento e prognóstico.