Caracterização físico-química e avaliação in vitro e in vivo do beta fosfato tricálcico microporoso e do osso bovino sinterizado para aplicação na medicina regenerativa óssea
Ana Carolina Cestari BIGHETTI, Tania Mary CESTARI, Paula Sanches SANTOS, Ricardo Vinicius Nunes ARANTES, Suelen PAINI, Gerson Francisco de ASSIS, Rumio TAGA
Resumo
RESUMO: O sucesso da aplicação de materiais ósseo substitutos nas áreas médico-odontológicas depende da sua interação com fluídos e células presentes no leito. O objetivo deste estudo foi comparar a biocompatibilidade e a atividade osteogênica de novos substitutos ósseos, o beta fosfato tricálcico (β-TCP) e osso bovino sinterizado (In700) com o importado Bio-Oss. Características físico-químicas dos materiais foram determinadas pela difração de raios-x, microscopia de varredura e espectroscopia por energia dispersiva. Ensaios in vitro foram realizados com células pré-osteoblásticas de camundongo MC3T3-E1. A atividade osteogênica in vivo foi avaliada no levantamento de seio maxilar (LSM) em coelhos empregando-se a microtomografia e histomorfometria. Resultado: in vitro todos os materiais levaram a similar viabilidade, adesão e atividade da fosfatase alcalina de MC3T3-E1. In vivo a topografia da superfície dos materiais e a sua localização regional no LSM (osteotomia, centro e submucosa) influenciaram no reparo ósseo. No seio maxilar (SM) preenchido com b-TCP ocorreu redução do volume elevado relacionado à sua rápida reabsorção e remodelação do tecido ósseo neoformado. Neste caso, a formação óssea e medular ocorreu em substituição ao β-TCP reabsorvido. No SM preenchido com Bio-Oss e In700, os volumes dos SMs e dos materiais foram preservados e a formação/remodelação óssea ocorreu nos espaços entre as partículas. O β-TCP induz rápida formação/remodelação e maturação óssea, porém sua alta taxa de reabsorção aliada à pressão sinusal leva a redução do volume do SM. Já o In700 auxilia na manutenção do volume SM e na formação de tecido ósseo similarmente ao Bio-Oss.