RESUMO: A degradação do peróxido de hidrogênio (PH), em radicais hidroxila (OH) tem sido desejada, a fim de aumentar a eficácia estética do produto e reduzir a difusão de PH, limitando seu efeito tóxico. O objetivo deste estudo foi avaliar a citotoxicidade e eficácia clareadora de novos géis recomendados para clareamento dental. Dois produtos foram formulados: 1) espessante catalisador (EP) + enzima peroxidase (HRP) + 10% peróxido de hidrogênio (PH); e 2) primer catalisador (PR) + HRP + 10% PH. Os produtos foram aplicados sobre discos de esmalte/dentina, adaptados em câmaras pulpares artificiais (n=6) por 45, 30, 10 e 5 minutos. Os extratos (meio de cultura em contato com a dentina + componentes dos géis que se difundiram pelo esmalte e dentina) foram aplicados por 1h sobre células pulpares humanas. Discos não clareados ou clareados com 10%PH e 35%PH foram utilizados como controles negativo ou positivos, respectivamente. A viabilidade celular (VB) foi determinada após clareamento e a análise da alteração de cor dos discos (∆E) após 3 sessões de clareamento (CIE L*a*b*) (ANOVA/Tukey; α=5%). Observou-se que os grupos 35%PH, 10%PH (45 e 30 minutos) e PR+HRP+10%PH (45 e 30 minutos) reduziram VB quando comparados ao controle negativo (p0,05). Maiores valores de ∆E foram observados para o grupo EP+HRP (45 minutos), sendo este tão efetivo quanto 35% PH (p<0,05). O gel clareador com espessante associado à enzima peroxidase não foi tóxico às células pulpares e aumentou expressivamente a eficácia clareadora.