Estimativa de idade a partir de dados odontológicos: uma contribuição para as Ciências Forenses
Gabriela Eleutério PULITANO, Clemente Maia da Silva FERNANDES, Mônica da Costa SERRA
Resumo
RESUMO: Na área das Ciências Forenses, amiúde é preciso estimar a idade de um indivíduo, vivo ou morto, devido a diferentes necessidades. A estimativa de idade em vivos responde a várias questões legais, como, por exemplo, adoção, migração ilegal, exploração sexual e maioridade penal. A estimativa de idade em cadáveres ou ossadas é essencial para o estabelecimento do perfil biológico do de cujus, na busca de sua identidade. Análises de ossos e dentes são fundamentais para a tal investigação. Neste sentido, há métodos tradicionais, e outros têm sido desenvolvidos, baseando-se em análises dentárias. Este trabalho objetivou realizar uma revisão de literatura sobre os métodos de estimativa de idade que utilizam informações odontológicas. O levantamento bibliográfico foi realizado através de pesquisa no PubMed, utilizando-se para a busca termos como “age estimation” e “forensic dentistry”. Foram encontrados vários tipos de métodos: fundamentados nas mudanças de formação e crescimento dos dentes; fundamentados nas mudanças pós-formação e maturação dentária e fundamentados nas mudanças bioquímicas. Os métodos de Cameriére, Demirjian e Lamendin, que consideram estruturas dentárias para a estimativa de idade, têm sido bastante utilizados. Há métodos que, se indicados corretamente, levam a ótimos resultados. A associação de um ou mais métodos aumenta a precisão, proporcionando melhores resultados. Os métodos utilizados atualmente apresentam maior precisão, eficácia, simplicidade de aplicação e rápida execução, levando a resultados que preservam os interesses dos indivíduos, sejam eles vivos ou mortos, e que são de fundamental importância na área das Ciências Forenses.