RESUMO: A reabilitação da maxila atrófica tem sido um grande desafio na odontologia. A reconstrução óssea é um pré-requisito para a reabilitação com implantes osseointegrados. Dentre as áreas doadoras extrabucais para reconstrução de grandes atrofias, a calota craniana fornece quantidade e qualidade de tecido ósseo adequada, menor morbidade e consequentemente um prognóstico excelente a médio a longo prazo em relação a manutenção do volume ósseo original. Este trabalho tem como objetivo apresentar a resolução de um caso clínico com intensa atrofia maxilar com enxerto ósseo autógeno de calota craniana e reabilitação com implantes osseointegrados. Paciente N.F.F, feminino, 68 anos, compareceu a clínica Opem, apresentando como queixa principal insatisfação com a prótese total superior. Ao exame clinico imaginológico, observou-se reabsorção óssea intensa da maxila. Diante do diagnóstico e das alternativas de tratamento, o planejamento estabelecido foi executado sob anestesia geral, os blocos ósseos foram removidos da região parietal no limite com o osso temporal do hemisfério direito, e posteriormente foram fixados na região receptora da maxila com parafusos de titânio, associado ao preenchimento de osso particulado na cavidade sinusal após levantamento da membrana de schneider bilateralmente. Após o período de 165 dias, na reabertura do enxerto, foram instalados oito implantes do sistema Cone Morse 3,5 (Neodent, Curitiba, Brasil). Os cicatrizadores instalados após um período de 120 dias e posteriormente a reabilitação com uma prótese implantossuportada metalocerâmica segmentada. O enxerto da calota craniana foi eficaz por permitir a instalação de implantes osseointegrados, sendo uma alternativa viável na reabilitação de maxila atrófica.