Percepção de pacientes de um serviço público municipal quanto ao risco de contágio em Odontologia
Mariangela PEGORIN, Leonor DE CASTRO MONTEIRO LOFFREDO, Camila PINELLI
Resumo
RESUMO: A percepção de pacientes odontológicos quanto ao risco de contágio pode afetar a busca pelo cuidado e ter impacto sobre a atenção recebida. Esta pesquisa investigou a percepção de 100 usuários do Serviço Especial de Saúde de Araraquara-USP, quanto ao risco de contágio em Odontologia. Um questionário, previamente desenvolvido no idioma inglês, foi adaptado de modo transcultural para o português (Brasil) e estatística descritiva foi aplicada. A maioria dos participantes mostrou preocupação em relação ao controle de infecção e considerou importante: uso de luvas pelo profissional (100%), higienização das mãos antes da troca de luvas entre cada paciente (89%) e a não reutilização das luvas (82%). Quanto ao risco de contágio, 69% consideraram como “muito provável” ou “provável” para a transmissão do vírus da AIDS; em relação à Hepatite B, essa porcentagem foi de 72%, e em relação à Hepatite C foi de 69%. Quanto à percepção do risco de transmissão da Doença Creutzfeldt Jacob (CDJ), 55% não souberam responder. Noventa e cinco porcento dos entrevistados apresentaram preocupação com procedimentos utilizados para esterilizar instrumentos odontológicos, mas apenas 20% responderam que a autoclave é o método de preferência. Por outro lado, 15% dos participantes relataram ter evitado ou adiado consultas ao dentista, devido à preocupação com risco de infecção, por uso de equipamentos odontológicos. Pode-se concluir que os pacientes entrevistados foram capazes de identificar medidas de prevenção