RESUMO: A parestesia é uma alteração da sensibilidade resultante de uma lesão por desaferentação dos nervos sensitivos periféricos, caracterizada como uma sensação desagradável pelo paciente. Na Odontologia, a parestesia manifesta-se frequentemente nos nervos alveolar inferior, mentoniano e lingual, tendo como principal sintoma a ausência de sensibilidade na região afetada. Diversos tratamentos têm sido propostos, dentre eles: administração de medicação sistêmica, fisioterapia local, estimulação elétrica e aplicação de laser de baixa intensidade. O objetivo desse relato de caso é ressaltar a importância do diagnóstico da parestesia e do seu tratamento com métodos não invasivos. Paciente, S.I.E., sexo feminino, 61 anos, com queixa de alteração da sensibilidade do lado esquerdo da mandíbula há 4 meses, com característica localizada, persistente e contínua, iniciada após exodontia do dente 35. Por meio de testes clínicos neurosensitivos, foi mapeada a região de alteração da sensibilidade confirmando-se o diagnóstico de parestesia do nervo mentoniano. O tratamento proposto foi a aplicação de 4 sessões (uma por semana) de laser de baixa intensidade associado à terapia medicamentosa sistêmica (Etna – 1cp via oral de 8/8hrs por 30 dias). Gradualmente a paciente apresentou melhora na sensibilidade local, evidenciada semanalmente pelo relato e pelos testes neurosensitivos. No término das 4 semanas não havia sintomatologia residual. O tratamento proposto foi rápido, simples, conservador e eficaz para a melhora da parestesia, constituindo-se em proposta terapêutica importante e pragmática para o clínico no manejo da parestesia.