Monitoramento da progressão de lesões brancas em mucosa gengival e sítios adjacentes: relato de casos
José Rodolfo SPIN, Audrey Foster Lefort ROCHA, Analú Barros de OLIVEIRA, Rosemary Adriana Chierici MARCANTONIO, Túlio Morandin FERRISSE
Resumo
RESUMO: Lesões brancas da mucosa oral apresentam ampla etiologia, dificultando o diagnostico correto e preciso, impactando na modalidade de tratamento. Sua avaliação deve ser cautelosa com um tempo de acompanhamento longo e periódico na maioria dos casos. Há várias patologias relacionadas à aparência esbranquiçada da mucosa gengival e tecidos adjacentes sendo as mais frequentes o líquen plano, leucoplasia e a leucoplasia verrucosa proliferativa (LVP). Caso 1: homem, branco, 73 anos, ex-fumante e ex- alcoolista, apresentando placas brancas rugosas em rebordo alveolar. O diagnóstico clínico foi de LVP e análise microscópica revelou displasia epitelial moderada com superfície verrucosa. Caso 2: mulher, branca, 60 anos, tabagista e ex-álcoolista, com placas brancas em mucosa jugal, palato duro e mole, gengiva e rebordo alveolar superior 24 meses de evolução. Biópsia incisional em rebordo alveolar superior revelou leucoplasia, e devido o acometimento de múltiplas áreas suspeitou-se de LVP. Caso 3: homem, branco, 41 anos, não tabagista e alcoolista há 20 anos, com placas de aspecto liquenóide na região de mucosa gengival entre os dentes 24 e 25. A biópsia revelou displasia moderada. Em todos os casos, foi prescrito terapia antifúngica antes da realização da biópsia. Áreas de placa branca não homogênea e associada com áreas eritematosas em mucosa gengival e tecidos adjacentes devem ser candidatos e biópsia. Devido à possibilidade de displasia epitelial, correlações clínicas-patológicas são mandatórias para o diagnóstico e tratamento de pacientes acometidos por essas condições.