Laseracupuntura versus magnetoterapia no controle da dor orofacial em mulheres com Disfunção Temporomandibular crônica
Marcelo dos Santos de CARVALHO, Ana Lúcia FRANCO-MICHELONI, Karina Eiras Dela Coleta PIZZOL
Resumo
RESUMO: Para o controle da Disfunção Temporomandibular (DTM) recomendam-se diversas modalidades de tratamento conservadores. Nesse contexto encontram-se a terapia com laser aplicado em pontos de acupuntura (laseracupuntura – LA) e a magnetoterapia (MAG), com emprego de magnetos em pontos de acupuntura, ambos vertentes da Medicina Tradicional Chinesa (MTC). O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da LA e da MAG no controle da dor orofacial de mulheres com DTM crônica. Material e Método: Compuseram a amostra 32 pacientes (média de 39,13 anos) da clínica de DTM e Dor Orofacial da Universidade Araraquara – UNIARA. O diagnóstico de DTM foi realizado pela ficha clínica associada aos Critérios Diagnósticos Para Pesquisa em DTM (RDC/TMD). Por 30 dias, as pacientes responderam ao diário de dor com Escalas Analógicas Visuais (EAV) para caracterizar a frequência e intensidade da dor da DTM (baseline). Em seguida, iniciou-se o tratamento com MAG (polo norte) ou LA em duas sessões semanais por 4 semanas, em 4 pontos sistêmicos bilaterais pré-estabelecidos (E7-articulação temporomandibular, E6-masseter, TA18-processo mastoideo e Tayang-temporal), recomendados para controle da DTM e sintomas associados. Nesse período, todas responderam novamente o diário de dor e, após, o RDC/TMD foi reaplicado. As características e os padrões do diário de dor no baseline e com a terapia foram comparados considerando as variáveis dias de dor (DD), média da dor (MD), pontos de dor à palpação (PDP) e intensidade de dor à palpação (IDP). Os dados foram tabelados e analisados estatisticamente (teste T student e teste Wilcoxon-Rank, p<0,05). Para o grupo MAG (n=12) houve melhora significativa em DD (p=0,012) e IDP (p=0,028). Para o grupo LA (n=20) houve melhora significativa apenas em DD (p=0,000). Comparando-se os resultados entre os grupos, estes diferiram apenas quanto à MD no baseline (p=0,008) e após o tratamento (p=0,001), tendo o grupo LA menos dor que MAG. Conclusão: Ambas terapias favoreceram o controle das dores faciais relacionadas à DTM.