Para o tratamento de dentes jovens traumatizados com ápice aberto é necessário induzir a formação de uma barreira mineralizada com o auxílio de biomateriais. Este relato de caso descreve a estratégia terapêutica realizada para devolver função e estética de umincisivo lateral conoide com lesão periapical e rizogênese incompleta. Paciente feminino de 13 anos apresentava dor à percussão no elemento 22, com histórico antigo de trauma e atendimento de urgência prévio. Radiográficamente observou-se ampla destruição coronária, ápice aberto, paredes dentinárias finas e presença de lesão periapical. Na primeira sessão foi realizada a neutralização com hipoclorito 2,5% e exploração do canal radicular. O preparo biomecânico foi realizado com limas manuais tipo K e gates gliden e a patência foraminal com lima K #30. A medicação intracanal utilizada foi pasta a base de hidróxido de cálcio com PMCC, 3 trocas a cada 2 meses e selamento coronário provisório com coltosol e ionômero de vidro. Após 6 meses, o elemento se encontrava assintomático e na avaliação radiografia observou-se diminuição do tamanho da lesão periapical e fechamento parcial do ápice. Após a remoção do curativo, foi realizada a prova do cone, colocação do plug de MTA, obturação convencional e selamento coronário. Na seguinte sessão, foi realizado o preparo para pino, anatomização e cimentação de pino de fibra de vidro, complementado com a reconstrução estética da coroa conoide com resina composta. Conclui-se que o planejamento endodôntico-restaurador deste caso, restabeleceu a função e estética do incisivo lateral conoide com rizogênese incompleta e lesão periapical.